terça-feira, 30 de agosto de 2011

O que o empresário deve cobrar de seu contador!

CRC-SP lanca um livro para auxiliar os empresarios e contadores sobre a abrangencia dos servicos contabeis, com foco nas obrigacoes acessorias.

Não existe coisa mais frustrante para qualquer profissional honesto que ser nivelado e comparado com aquele que só tenta tirar vantagem sobre o empresário, seu cliente.
Tudo que você fala soa como uma trapaça. Não poucos acham que pagam para você não fazer nada ou que quanto menos você fizer, melhor. Muitos atendem que suas orientações visam basicamente o lucro, não o cumprimento de uma obrigação legal. Se um novo cliente e, portanto, ainda desconhecido por uma fiscalização ou notificação, descobrir que você não cumpriu alguma obrigação acessória, a guerra começa. O mais comum, porém, é todos considerarem sua estimativa de honorários absurda, por compará-la a de outros que, certamente compensam o baixo valor cobrado sujeitando o cliente a multas e fiscalizações desnecessárias.
Esse trabalho pretende facilitar o entendimento de todos, principalmente do empresário que imagina as microempresas isentas de qualquer obrigação.

Não da experiência de outros colegas de profissão, mas muitas vezes, o cliente mais difícil é aquele que se julga quase imune a todas as obrigações e, portanto, administra sua documentação à sua conveniência, sem facilitar ao mínimo o trabalho do contador.
Dada a freqüência dessas situações, nosso conselho resolveu editar um livreto que lista e explica as obrigações básicas exigidas da maioria das empresas, os quais nós, contadores, por conseqüência, devemos atender.

Grande parcela desses 56 itens não se refere a impostos, mas a obrigações acessórias, como declarações e livros fiscais, portanto , desconhecidos da maioria que devem ser entregues periodicamente e podem ou não ter sido fiscalizados durante um certo período.
Vale comentar que o tempo deixou de ser aliado, pois a maioria das obrigações é processada eletronicamente. Isso facilita o trabalho das autoridades que, hoje em dia, fiscalizam as exceções identificadas pelo controle eletrônico, a famosa malha fina.
É importantíssimo ressaltar que grande parte desses itens serão necessários para o encerramento da empresa e respectivas baixas nos órgãos competentes. Portanto, sua elaboração e guarda se fazem imprescindíveis mesmo com a empresa inativa. Alguns deles, como os relativos às áreas trabalhista e previdenciária, devem ser mantidos quase eternamente.
Quadro Sinótico de Obrigações das Pessoas Jurídicas e Equiparadas:

1. Estatuto ou Contrato Social

2. Contabilidade

3. Balanço

4. Livro Diário

5. Livro Razão

6. Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda das Pessoas Físicas

7. DIRF

8. Imposto de Renda Retido na Fonte

9. Livro de Inspeção do Trabalho

10. Livro de Registro de Empregados

11. Folha de Pagamentos

12. GPS

13. GFIP

14. GRFP

15. CAGED

16. Rais

17. Contribuição Sindical

18. Contribuição Confederativa

19. Contribuição Assistencial

20. Contribuição Associativa

21. NR-7

22. NR-9

23. Informes de Rendimentos das Pessoas Físicas

24. Informes de Rendimentos das Pessoas Jurídicas

25. DIPJ

26. Lalur

27. Imposto de Renda - PJ

28. CSLL 29. PIS sobre o Faturamento

30.PIS sobre a Folha de Pagamento

31. Cofins

32. DCTF

33. Simples Federal

34. Rubrica no Balanço

35. DIPI

36. Livro de Registro de Apuração do IPI

37. Livro de Registro de Entradas (IPI)

38. Livro de Registro de Saídas (IPI)

39. Livro de Registro e Controle da Produção e do Estoque

40. IPI

41. Guia de Apuração Mensal

42. Livro de Apuração do ICMS

43. Livro de Registro de Entradas(ICMS)

44. Livro de Registro de Saídas (ICMS)

45. ICMS

46. ICMS em Substituição Tributária

47. Guia de Apuração Anual - Simples Paulista

48. Livro de Registro de Inventário

49. Autorização de Impressão de Documentos Fiscais (estadual)

50. Livro Modelo 6

51. Livro de Registro Modelos 51 e 53

52. Livro Termo de Ocorrência

53. ISS

54. Autorização de Impressão de Documentos Fiscais (municipal)

55. ISS Simples

56. Livro Caixa


Fonte: Guia do usuário dos serviços prestados pelos contabilistas. CRC-SP

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

RESENHA: NÃO É SORTE (E. GOLDRATT)


 Mais uma ótima obra do físico Eliyahu Goldratt. Neste livro o autor mora a Teoria das Restrições aplicada a vendas e marketingm, estratégia, controle de estoques e distribuição, por meio de exemplos em várias indústrias, e ensina os processos de raciocínio utilizados na solução de diversos problemas. Com o conceito de criação de árvores de realidade presente e arvores de realidade futura, força o planejamento estratégico com foco na percepção de valor por parte do cliente. Explorar as reais necessidades dos clientes, tendo o lucro como consequência.
 A forte crítica à contabilidade de custos formal continua presente nesta obra, destaco o trecho abaixo:
"A redução do estoque de produtos acabados tem um impacto negativo a curto prazo no resultado final.
 Mantemos os estoques em nossos livros ao preço de custo; custo calculado pela contabilidade de custos. Isto signiica que o estoque de produtos acabados não está registrado como o custo da matéria-prima, mas com o custo da matéia-prima mais o valor agregado; mão-de-obra e custos indiretos. Durante o período que reduzirmos o estoque de produtos acabados, todo o valor agregado na parte que reduzimos atinge o resultado final como perda..
(...)
Claro que isso é apenas dinheiro imaginário, distirções da contabilidade de custos; mais tarde será mais que compensado por dinheiro real, penas economias reais advindas de menos obsolescência e também, espero, pelo aumento das vendas."

   "É preciso ter um método para liberar, focar e criticar sua intuição, se você quiser encontrar soluções simples e práticas. Até que as ligações de causa e efeito estejam estabelecidas, nós não temos um quadro suficientemente claro da situação; você percebe que não precisa lidar com muitos problemas porque na raiz há apenas uma ou duas causas."

  "Geralmente o número que aparece nos livros é algum valor histórico que não tem nada a ver com o valor corrente."

 "A percepção de valor das empresas está baseada no esforço que tiveram de dedicar ao produto, enquanto a percepção de valor do mercado é baseada nos benefícios obtidos com o uso do produto. Não é de admirar que o preço seja definido por uma queda de braço; não há critérios ojetivos estabelecidos."

 "Se quisermos uma solução de marketing para nossa empresa não devemos analisar nossa empresa, devemos analisar o mercado da empresa; todos conhecem seus efeitos indesejáveis, mas poucos conhecem seu probelma-raiz. Se quisermos oferecer muitos benefícios para o mercado, é melhor que tratemos do seu problema-raiz, não de seus sintomas, como todo mundo está fazendo.

"Sempre começe com um passo que as pessoas sejam especialistas em dar. E todos somos especialistas em criar situações difíceis e reclamar. Em outras palavras, em inventar todas as razões para que algo não possa ser feito, ou seja, em levantar obstáculos.

"Tentar prever o mercado é como tentar capturar o vento."